domingo, abril 13, 2008

há um momento em que cerrados os olhos só as mãos vêem. nada ousa segurá-las. ziguezagueiam pelo dorso acima. detêm-se, gulosas, nos botões do teu prazer. do meu prazer. custa suster o rumo anárquico do tacto. as mãos, minhas, seguem pela tua epiderme. tactéis e agéis, suaves e ardilosas. puxo-te corpo-todo-que-desejo para mim, até nos sentirmos coladas.agarro-te a nuca e procuro o pescoço, desajeitadamente com a boca que seca. encostas-me da maneira que gosto e sustenho-me de pernas arqueadas contigo no meio delas. nesse instante, olhos semi-cerrados, escolhemos entre a sala ou o quarto pela medida da tesão que nos domina.
quando a cara me enrubesce já cavalgamos todos os espasmos do prazer molhado. não há fronteiras, quero crer, nessa prece desesperada ao gozo-meu-e-teu. nem amanhãs. nem pecado.

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