domingo, abril 20, 2008

contamos meses e tu chamas-lhe anos. e dás sempre um ou dois de avanço, num jeito desastrado de medir o tempo. não me importo com isso, porque há muito engoli o relógio não-sei-quando-vai-acabar-mas-não-tem-qualquer-importância. conto só tempo que somo contigo. o resto são intervalos de trabalho e compromissos. até que te recebo no(i)vamente no peito, aberto para te gozar e sugar o-tempo-todo. deixas pouco espaço à manobra e finjo que não me importo. seja. é um caminho como qualquer outro para perceber a distância que nos encurta o tempo. é a tua maneira de manter fronteiras. é a minha forma de cofiar confiança.
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é difícil, isto, de equilibrar a emoção com outra mulher. mais complicado do que se conta, muito mais doloroso do que se quer. aguento-me no usufruto do teu corpo e não lamento. bebo-te e como-te, sirvo-te e sirvo-me da doçura dos teus lábios como se tudo fosse autorizado. sei que não é. faço de conta que não há mais mundo para lá da nossa intimidade.
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quero que beijes sempre que quero até não poder mais ****

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