segunda-feira, abril 07, 2008

fome. fome é o que tenho de ti. ando a penar pelo teu sexo. primeiro um suave arbusto, a esconder uma torrente leitosa, ...para só depois mergulhar, táctil e infantil, no teu segredo. a isto não se chama apetite, pois não? não vivo sem esse prazer escorrido, nem a tua carícia suave, nem os teus cabelos negros. não vivo sem os teus olhos doces e assustados, que me desafiam para o mundo em que somos iguais, e só desejamos a diferença. não vivo, procuro-te. salto cada-dia-cheio à procura dos outros, escassos, em que nos reve(la)mos. torneio no calendário de uma forma intensa, para que a saudade não me sufoque. encontro-te finalmente numa plataforma à beira de carris, onde trocamos um beijo esquivo e um abraço intenso. até que não seguramos mais o leve olhar.

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